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sábado, 11 de junho de 2016

A Barba





História da Barba


O costume de preservar ou retirar os pelos da face, mais do que indicar um hábito corriqueiro, abre caminhos para que compreendamos traços de diferentes culturas espalhadas ao redor do globo. Por volta de 30 mil anos atrás, os nossos ancestrais descobriram ser possível remover a barba com o uso de lascas de pedra afiada. De fato, desde o Paleolítico vários indícios comprovam que o homem pré-histórico vivia cercado de determinados hábitos de higiene e vaidade.
No Egito Antigo, os pelos do corpo eram costumeiramente usados para diferenciar os membros da sociedade egípcia. Os membros mais abastados da nobreza, por exemplo, cultivavam a barba como um sinal de seu status. No entanto, a falta da mesma não indicava necessariamente algum tipo de demérito. A classe sacerdotal optava por uma total depilação de seus pelos. De acordo com estudiosos, o hábito sacerdotal indicava o distanciamento do mundo e dos animais.
Entre os gregos o uso da barba era bastante comum. Prova disso é que muitas das imagens que representavam os famosos filósofos gregos eram sempre acompanhadas de uma farta rama de pelos. Entretanto, durante a dominação macedônica essa tradição grega foi severamente proibida pelo rei Alexandre, O Grande. Segundo o famoso líder político e militar, a manutenção da barba poderia trazer desvantagens aos seus soldados durante um confronto direto.
Na civilização romana a barba integrava um importante ritual de passagem. Todos os rapazes, antes de alcançarem a puberdade, não poderiam cortar nenhum fio de cabelo ou barba. Quando atingiam o momento de passagem entre a infância e a juventude, raspavam todos os pelos do corpo e os ofereciam aos deuses. Os senadores costumavam preservar a barba como símbolo de seu status político. Nessa mesma sociedade surgiram os primeiros cremes de barbear, produzidos através do óleo de oliva.
Durante a Idade Média, a barba sinalizou a separação ocorrida na Igreja Cristã com a realização do Cisma do Oriente. Muitos dos clérigos católicos eram aconselhados a fazerem a barba para que não parecessem com os integrantes da igreja ortodoxa ou até mesmo com os costumeiramente barbudos judeus ou muçulmanos. Além disso, o uso dos bigodes gerava bastante polêmica entre os cristãos medievais, pois estes eram ostentados pelas levas de germânicos que invadiam o decadente Império Romano.
Com o desenvolvimento comercial e o grande número de invenções que marcaram o mundo moderno, a barba começou a indicar um traço da vaidade masculina. Talvez em conseqüência desse fenômeno, o francês Jean-Jacques Perret, em 1770, criou um modelo de navalha mais seguro para barbear. No século seguinte a famosa navalha em “T” foi inventada pelos irmãos americanos Kampfe.

O grande salto na “tecnologia peluginosa” foi dado por um vendedor chamado King Camp Gillette. Utilizando aguçada inventividade, o então caixeiro viajante percebeu a possibilidade de adotar lâminas descartáveis para os barbeadores. Com o auxílio de Willian Nickerson (engenheiro do Instituto de Tecnologia de Massachusetts), criou uma nova marca de lâminas e barbeadores que ainda é largamente utilizada por homens e mulheres de várias partes do planeta.

Durante o século XX, o rosto lisinho virou sinônimo de civilidade e higiene. Muitas empresas e instituições governamentais não admitiam a presença de barbudos em seus quadros. No entanto, entre as décadas de 1970 e 1980, cavanhaques e bigodes começaram a virar uma febre entre os homossexuais norte-americanos. Esse novo dado se instituiu na cultura gay do final do século XX e teve como um dos seus maiores representantes o cantor Freddie Mercury.
Nos dias de hoje, a barba se associa aos temíveis terroristas do Islã ou a pessoas com um visual mais alternativo. Mesmo não indicando obrigatoriamente um determinado comportamento ou opção, a barba nos revela como as diferentes culturas salientam seus valores de unidade e diferença por meio dos mais “insignificantes” dados. O corpo (e a barba) se transforma em uma verdadeira via de expressão do indivíduo.
A moda dos barbudos  não durou por muito tempo e em 1880,  as barbas começaram a ficar mais curtas. Costeletas e bigodes continuaram em uso. Foi também em 1880 que os irmãos Kampfe, inventaram o aparelho de barbear em forma de “T”. Invenção popularizada por King Camp Gillete em parceria com William Nickerson. Os dois desenvolveram o aparelho de barbear com lâminas descartáveis que chegou ao público em 1903.  Em 1903, o jornal Chicago Cronicle publicou um artigo especulando que a barba podia abrigar “200 mil micróbios”.  O uso da barba já havia declinado vertiginosamente  desde 1880 e  a popularização da lâmina de barbear e das publicações pseudo científicas contra o uso da barba contribuíram ainda mais para o não uso da barba; Até 1920 a maioria dos homens optou por usar apenas o bigode.
O bigode representou um símbolo de honra. Os bigodudos eram vistos como homens capazes de desenvolver qualquer função que lhes fosse conferida, pois um homem de bigode passava a imagem de segurança, independência e sucesso. A imagem de sofisticação foi tão difundida que até 1910 o uso de bigode na França era vetado aos profissionais considerados inferiores – ambulantes, cocheiros e trabalhadores domésticos. De 1920 a 1960 , não houve uma grande mudança no visual masculino. A barba entrou em desuso pela maioria dos homens e o uso de bigode, costeleta ou rosto liso tornou-se a preferência masculina.
Na década de 90, mais uma retomada ao visual cara limpa. A imagem do homem jovem e bem-sucedido nos negócios, estava diretamente ligada a barba feita. Mais uma vez, a barba foi associada ao descuido, a falta de vaidade e até ao desemprego.
De acordo com o New York Times, o retorno ao  uso da barba começou a crescer por volta dos anos 2000 e foi tornando-se mais popular a medida que homens famosos e influentes adotaram  o visual. A moda do retorno as barbas é tão notável que o fotógrafo britânico Jonathan Daniel Pryce andou pelas ruas registrando o crescente número de barbudos.  O registro deu origem ao 100 beards que posteriormente virou livro.
Além do retorno ao uso da barba, podemos observar também , ainda que de maneira mais tímida (no Brasil pelo menos), o retorno do bigode. Talvez o uso do bigode seja mais tímido devido ao seu visual mais incomum (mesmo com quase três décadas de uso constante). Vale lembrar que em 2006, nos EUA foi criado o American Mustache Institute para defender e apoiar entre outros assuntos, o retorno ao uso do bigode.
Desde que o homem descobriu ser possível retirar os pelos faciais e alterar desse modo sua imagem, a barba teve ao longo da história significados diversos  e controversos. Símbolo de status, intelectualidade e honra ou de desleixo, mau-gosto e insanidade; sempre que buscou-se uma exaltação dos valores associados à masculinidade, barba e bigode estiveram presentes na estética adotada e no imaginário coletivo, o que talvez possa explicar o notável retorno masculino ao uso destes. E se não forem esses os motivos dessa mudança masculina, o fato é que barba e bigode, assim como cabelo, viraram mais uma maneira encontrada pelos homens para expressar através do visual, seu estilo, crença, gostos, cultura ou na mais superficial das hipóteses, um meio para agradar a mulherada. 
Hoje as coisas estão bem diferentes, e a barba se tornou algo muito ligado ao estilo, e já é quase impossível fazer associação de barbas com classes sociais. A barba acabou virando febre, e quem não tem quer ter e quem tem não quer tirar.  Virou uma verdadeira paixão nacional, e acabou virando também livro (100 Beards, 100 days).
Cuidados novos no século XXI surgiram e um dos mais utilizados hoje é a depilação a laser


By Adriano Alonso Dias

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